No último texto publicado aqui no blog falamos sobre os 10 anos da Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS e como ela mudou o cenário nacional no que tange a extinção dos lixões. Agora, explicaremos as diferenças básicas entre lixões, aterros controlados e aterros sanitários.
Antes de qualquer coisa, precisamos entender bem a diferença entre rejeito e resíduo. Segundo a Lei Federal nº 12.305/2010 (PNRS), rejeitos são resíduos sólidos que, não possuem mais nenhum tipo de funcionalidade e não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada (aterro sanitário), alguns exemplos são: papel higiênico usado, fraldas descartáveis, preservativos, entre outros. Já resíduos são materiais que ainda possuem funcionalidade, sendo passíveis de reaproveitamento e reciclagem, tendo como exemplos os papeis, plásticos, metais entre outros.
Mas afinal, qual a diferença entre lixão, aterro controlado e aterro sanitário?
Lixões são lugares com amontoados de rejeitos depositados ali sem nenhum tipo de tratamento e cuidado com o meio ambiente e com a saúde humana. Dessa forma causam a deterioração do solo, contaminação do lençol freático, emissão de gases do Efeito Estufa, proliferação de vetores causadores de doenças, poluição visual entre outros.
Aterros controlados são lugares em que os rejeitos são dispostos de forma controlada e que possuem uma cobertura no solo, que não é impermeabilizada. É uma destinação melhor que os lixões, mas ainda está longe de ser a ideal. Isso porque o aterro controlado diminui a proliferação de vetores causadores de doenças e diminui a poluição visual se comparado aos lixões, mas ainda assim contamina o solo e o lençol freático e emite gases do Efeito Estufa.
Aterros sanitários são a realidade que o Brasil busca ter desde a publicação da PNRS. São locais estrategicamente escolhidos, normalmente em regiões distantes dos grandes centros a fim de diminuir os impactos visuais. Eles possuem impermeabilização do solo com objetivo de proteger o solo de possíveis contaminações, essa impermeabilização é feita através de sequências de camadas, sendo uma de solo, seguida pelas camadas de geomembrana, manta geotêxtil, sistema de drenagem e outra de solo. Os aterros sanitários ainda possuem lagoas de tratamento para chorume (líquido proveniente da matéria orgânica em decomposição), queima dos gases, monitoramento dos lençóis freáticos e rios para verificação de eventuais contaminações.
Santa Catarina é exemplo na extinção de lixões, segundo o Ministério Público de Santa de Catarina, o Estado se tornou o pioneiro no País no encerramento de lixões antes do prazo estabelecido pela PNRS, em 2014. Isso mostra que estamos no caminho certo e que devemos seguir em frente buscando melhorar cada vez mais.
Fonte:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm
https://www.mpsc.mp.br/noticias/programa-do-mpsc-eliminou-em-100-o-numero-de-lixoes-em-santa catarina#:~:text=Iniciado%20em%202001%2C%20o%20Programa,Pa%C3%ADs%20no%20encerramento%20dos%20lix%C3%B5es.
https://www.teraambiental.com.br/blog-da-tera-ambiental/bid/223891/voc-sabe-o-que-chorume-de-lixo