agosto 30, 2020 Noticias Nenhum comentário

No último texto aqui do blog falamos sobre a compostagem e as diferentes formas de fazê-la. Hoje traremos uma abordagem mais específica, voltada para um método desenvolvido aqui em Santa Catarina e divulgado pelo Ministério de Meio Ambiente – MMA em 2017, a Compostagem Termofílica em Leiras Estáticas com Aeração Passiva.

De acordo com o MMA (2017), o termo “termofílica” refere-se ao processo de decomposição microbiológica da matéria orgânica, dependente de oxigênio (aeróbia) e com geração de calor, se desenvolvendo em temperaturas acima de 45°C (atingindo picos que podem chegar a mais de 70°C), quando a compostagem atinge temperaturas acima de 45°C, é denominada termofílica.

A leira estática como o próprio nome já diz, refere-se a quando não há revolvimento dos montes de resíduos. A aeragem passiva refere-se por sua vez a ausência de necessidade de equipamentos ou revolvimento manual para aeração da leira.

Para o funcionamento da compostagem é necessário, além do material orgânico, serragem e palha. O material seco é essencial para equilibrar a quantidade de carbono e nitrogênio, fator indispensável para a compostagem ser bem-sucedida. De acordo com o manual do MMA (2017) em termos práticos, esta relação é obtida misturando-se 2/3 em volume de material seco (rico em carbono) com 1/3 de material úmido (rico em nitrogênio).

Quanto a área necessária para implementação, as experiências brasileiras com compostagem termofílica em leiras estáticas indicam que, para compostar um volume total de 100 toneladas por mês, é necessária uma área mínima de 1.500 m² (MMA, 2017).

Esse método de compostagem pode ser aplicado em diferentes esferas, tanto para compostagem residencial, como comunitária e também empresarial. Lembrando que a implementação desta e de outros tipos de compostagem, tem inúmeros benefícios ambientais, tanto pelo produto da compostagem servindo como adubo e fertilizante, quanto pelo resíduo orgânico utilizado que evita o passivo ambiental deste resíduo estar sendo disposto em aterro sanitário (ou mesmo em lixão, lembram do texto postado aqui no blog sobre a quantidade de lixões ainda existentes no Brasil?).

Referência Bibliográfica: Ministério do Meio Ambiente. Compostagem Doméstica, Comunitária e Institucional de Resíduos Orgânicos. Brasília: Mma, 2017. Disponível em: https://www.mma.gov.br/images/arquivo/80058/Compostagem-ManualOrientacao_MMA_2017-06-20.pdf. Acesso em: 20 ago. 2020.

Publicado por Euro Ambiental